Viajante andaluz

Pela tua  garganta
velejam os pássaros vermelhos da Espanha.
Teus desfiladeiros e labirintos
induzem os homens à perdição.
Vestes a capa de estrelas da noite,
teus ombros nús
teus seios nús.
teus sonhos nús.
Espetas os olhos dos pássaros
com tua espada encantada.
As aves cegas desnorteiam-se ao teu redor.
Viajas na escuridão das vielas podres
como quem deslizas sobre a neve azul.

Quisera poder ofertar-te o coração exangue
do toureiro.

Quisera.

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