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Mostrando postagens de junho, 2011

O Avesso das letras

      O avesso das letras bate palmas aos cães [noturnos] deslizo na luz azul de volta ao rosa natural a noite negra é ponte de eus.

Prelúdio

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Nesta casa há sombras, desejos recônditos, cheiro de incenso nas coisas, as mesmas antes da partida. Há versos no espelho [pairados nos lábios]                 semi-abertos. Há música nos olhos, nas mãos, cores no quarto, na cama à espera... Há sonhos no ar, sono nos gestos, nesta casa habita o verde no fundo da mata, cachoeira irrequieta, marulhante, marinheira navega no espaço, em ondas de calor, nas cauda das sereias, nas asas dos pássaros em fachos de luzes. Esta casa germina: no mar                             na terra                             no ar. Há uma bússola maluca e um farol apagado. Imagem: William Whitaker

As janelas são olhos das casas

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as janelas são olhos das casas sorrisos dos muros onde galos equilibram-se em noite de lua cheia de siiiiiiiiiiiiii la-dooo-rééééé míiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii : o canto comprido dos galos espatifa o sonho dos donos das casas

A manhã lava o rosto

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A manhã lava o rosto em lágrimas de sol sombras calam o verde e o mundo engasga-se (com a vida) um estômago universal dilacera as vísceras atraves -sadas na garganta do mal. A fumaça ex-pira bafos amargos (a cinza é o escremento da dor)

A Pedra de Drummond

No meio co caminho a pedra drummoniana continua atrapalhando rotinas,                                ofuscando retinas. É preciso: rolar a pedra                 olhar a pedra                 sentar na pedra                 escorregar na pedra                 saltar a pedra. Mil demônios levem Drummond                 e sua pedra                 (nossa)                 de cada dia.