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Mostrando postagens de novembro, 2011

Religião dos Jardins

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Lençóis branquinhos dançavam a cerimônia do adeus, nos varais infinitos, da minha infância. Anil era a cor do céu, so blue. Adeus pai. Adeus mãe.  Irmãos.Vizinhos. Adeus que eu vou embora, teria lhes dito,               [ corajosa ] não fossem as  lágrimas ocultas. No canto do olho, a trave. E a dúvida, entre partir ou ficar              [para sempre] instalada nas tramelas das janelas. O chão batido da cozinha. As açucenas brancas acenando nas manhãs insones. As coroas de cristo reverenciando  o sol do meio dia. E a santa Ave Maria abençoando, as seis horas, o copo dágua , ao lado do rádio:  “bebe, filha, bebe. A água do Senhor vai te fazer bem”. profetizava minha mãe. Mas o lago azul da minha infância, Já ficara opaco no retrovisor do meu carro. O futuro era um álibi prá fugir do presente. Um presente onde as tardes eram sempre azuis E eu podia contemplá-las de minhas janelas, Abrindo-as de par em par, para a imensidão do

Conversas íntimas

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...e se o tempo não fosse tão ardil, ficaríamos com nossas rugas, umas defronte as outras, a entabular conversas íntimas.