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Mostrando postagens de outubro, 2005

Réquiem Para o Velório de um Poeta em um Domingo Roxo

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I Cheiro a camiseta molhada de suor e sinto a brisa refrescante,  lavando-me a alma e a cara. Desabalada carreira, despenhadeiro abaixo, precipício aberto. Não me importo mais com a hora da chegada Não mais quero os louros e as glórias da pole position. Aliás, nem a vitória quero mais. Dispenso congratulações e salamaleques _fidalguias, fidalguices, alegorias!!!_ Deixo cair a máscara da desgraça e levanto a cabeça desse mergulho cego. Desperta, dispo-me da fantasia de Gata Borralheira. Sou Alice no País das Maravilhas. E estou acordada. II Agora posso me permitir olhar pelo buraco da fechadura e descobrir o pescoço do cisne chacoalhando-se de um banho rápido na xícara de chá. Danço com todos os coelhos da minha rua e eles não têm mais que me apresentar suas cartolas, nem certidões de nascimento. A bicha da minha rua é Divina e eu sou a única espectadora de seu show solitário num domingo pleno de sol, ao meio d