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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Blindagem

Eu não desisto nunca de bater nas portas  do amor.  Mas, ultimamente, de tanto bater em portas erradas, estou tendo que usar roupas blindadas.

Epifania

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EPIFANIA Contigo aprendi uma nova palavra poética: geografia. Dos mares, dos desertos, e até dos insetos.  Eis que descubro que tudo se move e se abre a minha passagem. Do Mar Vermelho ao Mar Cáspio, tudo é estrela e desolação. Mesmo fechada em copas, aturando a dor das sementes, o meu corpo ensaia passos em mil direções. Pisa em falso. Trapaceia. O meu cérebro se esfacela em miolos de pão. As minhas emoções cascateiam lágrimas. Quero viver a epifania da descoberta, mas os ventos lunares enchem minha boca de areia arrancam a cauda dos dragões chineses, viram yin e yang até que bordem a palavra harmonia em seus uniformes; despetalam o leque das gueixas que fazem greve de sexo na antessala do prazer. Tempos de mistérios gozosos. Arranha-céus de poeira. Clichês de amor tatuados em frases debilóides pelo corpo. Acupuntura, moxabustão, florais de bach, cada cuidado com o meu corpo vem das religiões do Oriente, agora, de joelhos para o Ocidente. Os homens com olhos de traços têm a