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Mostrando postagens de setembro, 2011

Verde borboleta verde

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Como provar seu doce favo sem deixar escorrer, pelo seu púbis róseo, o gosto antagônico da morte? Passagem, paisagem, miragem. O elefante amarelo   movimenta suas gordas patas no profundo oceano. A montanha desprende-se da serra e sai flanando pelos ares. Folha de papel. O gozo é imenso e não cabe numa xícara de café preto. Pão de mel. Teus lábios entreabertos sugerem o néctar das orquídeas. Minúsculas miniaturas espalhadas pela mata. Escravos cavaram um escuro túnel entre as pedras mineiras. Ouço os gritos dos desesperados. Louco açoite xicoteia   a noite prata. Pernas abertas para a minha passagem. Sou rei dessas   terras de Araxá e imprimo minhas digitais na tua pele branca: nos bicos dos teus seios, no dorso das tuas mãos. Mãos em cálice. Mãos que amparam flores e insetos. Verdes mares montanhas bois. Paisagem pedras miragens verdes. A lua crescendo no céu da tua boca. Língua esculpindo palavras de fogo. Fogos de artifício explodem na garganta do mal. O riso é profétic