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Mostrando postagens de 2008
Queridos amigos, transcrevo, abaixo, um poemito meu, escrito em 2002 e que teve a façanha de ser premiado em Primeiro Lugar, em Concurso realizado pela Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais, no ano passado e, agora, finalmente publicado em uma Antologia Literária, sob o título Revelações do Terceiro Milênio. Thanks ao povo mineiro!!!!Ser poeta premiada em terras de Drummonds e Guimarães, não é pouca coisa, não, geeeennnnteeeee!!!! Noturno de Chopin para Isis Nadava nua na piscina gelada, acima da lua, embaixo dos peixes, entre o antes e o depois. O tudo e o agora, um fim em si mesmo. Uma consternação no peito em flor. Uma dor. De cotovelo. Um amor quase perfeito. Mais que perfeito. Um passado. Um presente em transe. Um ser que nada, vira sereia. Encanta os mares e os navegantes. Despenteia cabeleira de santa. Em trânsito. O último minuto do passado, mais que presente. O gozo. O vômito da flor do sal. A cobra que se enrola que ri e mostra os dentes aos viajeir

Caixa de Pandora

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Abro a caixa de Pandora, e, nela, não encontro, senão pérolas, tão mortas, que nem aos porcos as atirarei, nesta manhã ensolarada de maio. Não me resta nem mesmo um álibi. Dobrado como bilhete esquecido, escrito em um guardanapo qualquer... O Japão é tão longe daqui, e as heras que crescem por lá, não crescem no meu jardim de inverno. O chá preto esfria na xícara e o charuto apagado, ainda guarda as marcas dos teus lábios frescos. Morrer é tão doce e cruel, que não cometerei haraquiri, por um crime que não cometi. Quero, sim, cortar os pulsos, docemente, e deixar o meu sangue escorrer, pelas frestas do meu corpo Abertas para a tua passagem. Ainda que secretas.
...transmutei o meu amor em odio. Mas não se preocupe. Muitas léguas e lágrimas, ainda me separam da vingança. Doce e fria vingança.

Joana D`Arc

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Tive um ataque de Joana D`Arc e cortei os meus cabelos bem curtos, que é prá empunhar com fé, minha nova bandeira: eu mesma, sem disfarces, máscaras ou subterfúgios. Cansei de ficar pendurada no prego, atrás da porta. Sou guerreira da luz, agora! Fechei o portão das trevas atrás de mim. E, para seu desespero, te tranquei lá dentro, junto com os leões famintos que povoam tuas noites de insônia e escuridão. Você ainda não sabe, mas só eu tenho as chaves de tuas algemas. Eu as encontrei perdidas entre os cabelos enovelados da Medusa que me habitou, durante todos esses anos, em vão, a tua espera. Só eu tenho o mapa do teu peito e conheço todas as passagens secretas do teu corpo. Só eu poderia libertar o demônio do ciúme que te esfola a ao meio dia. Mas você, mais uma vez, se fêz de menino rogado, recusando o doce fardo do meu mel. Agora, é tarde. Para sempre, tarde. Meu cavalo branco está arriado com baldranas de

As àguas revoltas da vida...

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As àguas revoltas da vida me envolveram em seu torvelinho denso de troncos e raízes arrastados pelas mãos descarnadas do tempo. -- esse sádico maestro de sonhos que teima em descosturar as malhas da ilusão entretecidas, sempre, ao cair da tarde na longa espera, à porta da casa. Ajoelhada em volta do fogo fico à espreita das labaredas, que vêm lamber as brasas. Os cabelos emaranhados da noite. Os lençóis desmanchados em suor e sangue. A desdita do trabalho em vão. As pérolas e seus colares atados de nós. O nascente e o poente que não mais querem brincar de esconde-esconde no desorizonte. As rugas dependuradas na face. O olhar de peixe morto. Um bater de asas. Portas e janelas da casa. Fechadas.

Benvindo ao Prato de Cerejas!!!

Benvindo ao Prato de Cerejas!!!
...porquê é tão difícil termos uma atitude amorosa, de olhar o outro nos olhos, sem medo, sem desconfianças, e não temos a coragem de nos dizer: errei, erramos...vamos nos dar uma segunda, terceira, quarta, centenas, milhares de chances se forem possíveis, porquê o amor vale a pena, o amor é a única coisa que vale a pena na nossa vida tão pequena e mesquinha...que nos adianta levantar cedo, trabalhar até cairmos mortos, e não ter com quem dividir o lado da cama, aquele lado que sempre fica vazio, que é guardado com todo o respeito, como se esperássemos a volta do morto, daquele se foi, que se pariu na escuridão dos dias e das noites, que se perdeu de nós e de si mesmo; é tão triste olhar para o lado e descobrir que estamos tão sós, nesta cidade virulenta, violenta, petrificada, sem ter alguém para beijar nos lábios, bem de leve, e dizermos:"boa noite, amor, boa noite"
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Presente de Aniversário: SARAU POÉTICO EM CAMBURI, LITORAL NORTE DE SÃO PAULO Ao piano, a bluezeira e promoutér do "aniversarau", interpretando Chopin No dia 18 de Janeiro, comemorei meu aniversário em Camburi, litoral norte de São Paulo, mais especificamente, na Pousada Hostels Internationnal, que faz parte de uma franquia de – albergues -- , é isso mesmo, que vc entendeu. O negócio cresceu muito no Brasil, e os albergues (que eram da juventude), agora é de gente de todas as idades, desde que seja descolada. Além de muito bem localizado, perto de todas as praias mais lindas de São Sebastião, acomodações limpas e confortáveis, a pousada fica dentro da Mata Atlântica, com trilhas e cachoeiras, praticamente, no quintal. Além disso, eles criaram um Centro Cultural, um espaço supercharmoso, que, na verdade, durante o dia, é o atelier do artista plástico Wagner, da família dos proprietários do albergue Camburi. E, à noite, transforma-se num local muito