Salve, Jorge





                                                                     (mais um “santo brasileiro”, senhor das causas impossíveis!!!)


Acordo com um dragão montado em minhas costas.
Faço malas, desfaço-as,
esqueço meias, lenços e sapatos embaixo da cama.
Nas gavetas.  
Os lençóis amassados me desembalam sonhos e pesadelos.
Noturnos. Notívaga. 
Na porta, um lenço amarrado. De adeus.
Faço malas, desfaço-as. Nunca chego ao meu destino.
Destino???Ou mala suerte.
Nem São Jorge explica-me o que faço aqui.
Sua espada lancinante fustiga-me a alma a todo instante.
Não tenho pernas, mãos ou braços para um afago.
Neste jogo, não entro mais.
Quero pular amarelinha,
mas meus joelhos estão dobrados.


Para sempre.

Presidente Prudente, 23 de abril de 2009.



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