Deleites da Lua
Aqui, nascido da terra, sobre o rumorejar das águas,
Entoando sua música e carregando o fardo da luz,
Abrigando o dia em meu peito, como um filho sorridente e radioso...
Aqui posso falar baixinho, sem que me ouçam, sem temer a noite.
Caminhar sozinho... acaso era esplendor aquilo que nos ligou, imersos no tempo, quando o verão solta suas madeixas?
... Amamos as sombras e os desenhos com que elas juncavam o chão.
Místicas tapeçarias, desfazendo-se no ar abafado.
Foi naquele dia... e a noite revelava outra história, pontilhada de árvores esguias.
Surgiam fantasmas das estrelas e havíamos ambicionado a glória,
Sussurravam para nós, falavam de paz, na brisa lamentosa,
Diziam de uma fé antiga, morta, que o dia abalara,
A juventude era a pequena moeda que comprava os deleites da Lua;
Aquela era a urgência que conheciamos e a língua que importava
Aquela era dívida que pagaria para outubro, o usurário.
Aqui, no mais fundo dos sonhos, junto às aguas que não trazem do passado nada do que não preciso conhecer.
E se a luz não passasse de um sol e se os regatos não cantassem?
Estávamos juntos, ao que parece...Amei-te tanto...
O que continha a noite que passou, tendo o verão chegado ao fim?
Levando-me de volta para casa, através das veredas enganosas?
O que era aquilo que espiava na escuridão, por entre as trevas fantasmagóricas?
Meu Deus!...até tu te agitares, em teu sono...senti tão grande medo...
Bem...pertencemos ao passado...agora somos o registro de fantasmagorias.
Curioso metal, fragmentos de meteoros que despencaram do céu;
Nascido da terra, o incansável se estira junto às águas, exausto.
Próximo daquele espírito que retorna ao mundo dos vivos, incompreensível e que sou eu...
O medo é um eco que julgo nascer da filha da Segurança;
Agora sou semblante, voz... e ainda menos, dentro em breve
Murmurando poucas palavras de amor sobre o rumorejar das águas...
A juventude é a pequenina moeda que comprou os efêmeros deleites da lua...Amei-te tanto.
Amo-te tanto...
Místicas tapeçarias, desfazendo-se no ar abafado.
Foi naquele dia... e a noite revelava outra história, pontilhada de árvores esguias.
Surgiam fantasmas das estrelas e havíamos ambicionado a glória,
Sussurravam para nós, falavam de paz, na brisa lamentosa,
Diziam de uma fé antiga, morta, que o dia abalara,
A juventude era a pequena moeda que comprava os deleites da Lua;
Aquela era a urgência que conheciamos e a língua que importava
Aquela era dívida que pagaria para outubro, o usurário.
Aqui, no mais fundo dos sonhos, junto às aguas que não trazem do passado nada do que não preciso conhecer.
E se a luz não passasse de um sol e se os regatos não cantassem?
Estávamos juntos, ao que parece...Amei-te tanto...
O que continha a noite que passou, tendo o verão chegado ao fim?
Levando-me de volta para casa, através das veredas enganosas?
O que era aquilo que espiava na escuridão, por entre as trevas fantasmagóricas?
Meu Deus!...até tu te agitares, em teu sono...senti tão grande medo...
Bem...pertencemos ao passado...agora somos o registro de fantasmagorias.
Curioso metal, fragmentos de meteoros que despencaram do céu;
Nascido da terra, o incansável se estira junto às águas, exausto.
Próximo daquele espírito que retorna ao mundo dos vivos, incompreensível e que sou eu...
O medo é um eco que julgo nascer da filha da Segurança;
Agora sou semblante, voz... e ainda menos, dentro em breve
Murmurando poucas palavras de amor sobre o rumorejar das águas...
A juventude é a pequenina moeda que comprou os efêmeros deleites da lua...Amei-te tanto.
Amo-te tanto...
(Poema que me abduziu, hoje, na manhã deste sábado de quase abril de 2012, de autoria de Sergio Penha Ferreira)
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