Tatuagem da separação


Hoje acordei tatuada. Tatuada com a marca da separação. A espada afiada da ignorancia ceifou os longos anos de construção de um amor. Hoje estou tatuada com a dor da separação. Amputada. Foi-se um pedaço de mim. Não tenho forças para sair da cama, nesta primavera fria e chuvosa que já cai pelas beiradas de outubro. O tempo, maestro de sonhos, não quer mais reger essa orquestra sem músicos, onde a bailarina é manca. Decepada. A bailarina do amor tem os pés amputados. E sangra.

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