Escolha as suas cerejas preferidas, e aprecie-as, deliciosamente...
Sacos de estrelas
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Brotar da escuridão da noite
e voltar,
derrepente,
para o meio daqueles
que me deixaram insepulta.
Destino de louco é andar pelo mundo,
carregando sacos de estrelas.
Ilustração: José Emroca Flores
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Comentários
Anônimo disse…
really good! especially the last two verses. Short but very evocative. Your style is evolving.
Anônimo disse…
Marisa,
muito grata pela delicadeza do teu convite para visitar teu jardim de cerejas! Muito bonito o espaço para a Poesia aqui... Parabéns! Virei com mais vagar em outras ocasiões. Quem sabe já com a conta blogger para não assinar anonimamente?! Um grato abraço,
As àguas revoltas da vida me envolveram em seu torvelinho denso de troncos e raízes arrastados pelas mãos descarnadas do tempo. -- esse sádico maestro de sonhos que teima em descosturar as malhas da ilusão entretecidas, sempre, ao cair da tarde na longa espera, à porta da casa. Ajoelhada em volta do fogo fico à espreita das labaredas, que vêm lamber as brasas. Os cabelos emaranhados da noite. Os lençóis desmanchados em suor e sangue. A desdita do trabalho em vão. As pérolas e seus colares atados de nós. O nascente e o poente que não mais querem brincar de esconde-esconde no desorizonte. As rugas dependuradas na face. O olhar de peixe morto. Um bater de asas. Portas e janelas da casa. Fechadas.
Para Patricia Claudine Hoffmann e Cy Claudel À espera de algum milagre, descasco as nêsperas no prato, descanso a faca e me delicio com a polpa que ainda trás um aroma de quando foi flor. No limiar da escada, tropeço em ossos alquebrados dos que pararam no caminho. Destravo portas e janelas, para respirar a noite. Tenho relíquias intangíveis no peito. Um terço centenário que foi do meu pai, ficou anos pendurado sobre a imagem do Sagrado Coração, pendurado na parede do quarto, até que alguém o surrupiou. Levou a peça, mas não a lembrança. Tem gente que acha que pode assaltar corações, caixas de memórias, cofres de emoções. Não pode. À sombra da árvore do esquecim...
“Porque é de manhã e tudo em ti se acalma do que termina. A neblina se inclina ao sol. Dobra-se no feixe dos teus olhos durante todo o até.” Patricia Claudine Hoffmann Ilustração: Elena Schlegel É de manhã que a sua fome de amor se acalma. Se enrola no lençol branco e dorme, recém-nascido; os raios de sol encortinam-se nos seus cílios e pincelam de dourado o quarto; e tudo em volta é silêncio e imóvel permanência, até o final dos dias. Como se o tempo não fosse o portador de ruínas, ainda que também de discernimento. O tempo que se veste de sol, durante o dia, e de lua, à noite, para se camuflar com sua idade primeva e inaugural das trevas. Entre o azul e o lilás do seu manto, eis um senhor desdentado e vestido de outono, sem nenhum pudor de suas folhas secas. N...
Comentários
muito grata pela delicadeza do teu convite para visitar teu jardim de cerejas! Muito bonito o espaço para a Poesia aqui... Parabéns! Virei com mais vagar em outras ocasiões. Quem sabe já com a conta blogger para não assinar anonimamente?! Um grato abraço,
Lilly Falcão :)