EPIFANIA Contigo aprendi uma nova palavra poética: geografia. Dos mares, dos desertos, e até dos insetos. Eis que descubro que tudo se move e se abre a minha passagem. Do Mar Vermelho ao Mar Cáspio, tudo é estrela e desolação. Mesmo fechada em copas, aturando a dor das sementes, o meu corpo ensaia passos em mil direções. Pisa em falso. Trapaceia. O meu cérebro se esfacela em miolos de pão. As minhas emoções cascateiam lágrimas. Quero viver a epifania da descoberta, mas os ventos lunares enchem minha boca de areia arrancam a cauda dos dragões chineses, viram yin e yang até que bordem a palavra harmonia em seus uniformes; despetalam o leque das gueixas que fazem greve de sexo na antessala do prazer. Tempos de mistérios gozosos. Arranha-céus de poeira. Clichês de amor tatuados em frases debilóides pelo corpo. Acupuntura, moxabustão, florais de bach, cada cuidado com o meu corpo vem das religiões do Oriente, agora, de joelhos para o Ocidente. Os homens com olhos de traços tê...