Há vendilhões do templo na minha genealogia; por isso arranquei raízes de aroeira em busca do seu poético fruto: a doce pimenta rosa e, com ela, atazanei o seu peixe cozendo-o em folhas de bananeira enquanto você dormia em outra redes, que não a minha; entre aborígenes & gringos & extraterrestres caminhei quarenta anos pelo deserto, em busca do meu pecado original: encontrei lagartos & formigas desterrados; anões & feiticeiras & padres & comendadores e toda horda de seres vivos, vitimados pela tragédia vinda de cima, debaixo e de todos os lados; de seus lugares-casas no mundo; enfiei zilhões de cravos numa maçã e deixei-a pendurada no guardarroupa da nossa casa imaginária; aguardei que o feitiço virasse contra o feiticeiro, mas você não voltou ao lugar do crime, sequer olhou prá trás, na sua trilha solitária. Os meus caminhos traçados com açúcar foram lambidos por outras fêmeas...